«Nesta primeira Quaresma depois da visita do Santo Padre à Igreja de Lisboa, vivamo-la em comunhão com ele, guiados pela sua palavra», desafia o cardeal patriarca de Lisboa
«Nesta primeira Quaresma depois da visita do Santo Padre à Igreja de Lisboa, vivamo-la em comunhão com ele, guiados pela sua palavra», desafia o cardeal patriarca de LisboaJosé Policarpo convida à reflexão e apercorrer o caminho proposto pela Liturgia, neste tempo com base na recente exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini e no segundo volume da sua obra Jesus de Nazaré. a partir da mensagem do Pontífice para este tempo quaresmal, que lembra o baptismo de cada um. a Mensagem do Papa di-lo: “Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso baptismo, quando, tendo-nos tornado participantes da morte e ressurreição de Cristo, iniciou para nós a aventura jubilosa e exaltante do discípulo”. É neste segundo povo de peregrinos que a Igreja se insere de cada vez que celebra a Páscoa, assinala José Policarpo.
a renúncia quaresmal da diocese destina-se à ajuda da Igreja de Lisboa a outras Igrejas mais pobres e a necessidades particularmente gritantes no seio da nossa Igreja diocesana, realça o patriarca.com a atenção voltada para o facto de o padre Ildo Fortes ter sido nomeado bispo da diocese do Mindelo, em Cabo-Verde, as necessidades dessa Igreja terão um lugar privilegiado no nosso coração e na nossa generosidade. além da partilha e do jejum, a oração deve ter na vida de cada cristão uma atenção especial, defende o patriarca. Desafio as nossas comunidades a intensificarem a oração, a partir da Palavra de Deus. Para os sacerdotes, pastores da nossa Igreja, esta é uma prioridade, diz.
Todos são chamados a seguir Jesus, na radicalidade da sua Páscoa, o que leva a assumir e a cultivar o desejo de santidade. O bispo de Lisboa lembra o ideal e exemplo de santidade de Maria Clara do Menino Jesus, uma cristã nascida na amadora que vai ser beatificada a 21 de Maio, no Estádio do Restelo e será anunciada por um representante do Santo Padre, o cardeal angelo amato. aqueles que, na sua vida, deram o testemunho vivo desta radicalidade do amor, a quem por isso chamamos “santos”, são para nós um modelo e um estímulo. Todos podemos ser santos, desafia o cardeal apontando o exemplo da fundadora da Congregação das Franciscanas Hospitaleiras do Imaculado Coração.
José Policarpo expressa o desejo que este ardor de Madre Clara seja aquele “novo ardor” de que falava o Papa João Paulo II ao desafiar a Igreja para uma nova evangelização. O purpurado que já pediu a renúnica por ter atingido o limite de idade canónica (75 anos) lembra os esforços que estão a ser efectuados na diocese para despertar na nossa Igreja de Lisboa este ardor de uma “evangelização renovada”. No ano em que completa cinquenta anos de sacerdócio, deseja que o meu sacerdócio continue a ser, apesar dos meus limites, um foco irradiador do amor de Jesus Cristo, e que esta celebração jubilar, mais do que uma homenagem pessoal, seja este abrir-se da Igreja de Lisboa ao “ardor” de uma nova evangelização.