Trabalhadores estrangeiros vivem drama na fronteira lí­bio-tunisina à espera de regressar aos seus países de origem. Entretanto a população da Tunísia garante-lhes a sobrevivência com a colaboração de várias associações
Trabalhadores estrangeiros vivem drama na fronteira lí­bio-tunisina à espera de regressar aos seus países de origem. Entretanto a população da Tunísia garante-lhes a sobrevivência com a colaboração de várias associaçõesÉ maravilhoso o sentido de solidariedade que os tunisinos têm para com os refugiados da Líbia, refere o bispo de Tunis à agência Fides. São eles que oferecem de comer a 10 mil pessoas concentradas em Ben Gardane, junto à fronteira da Tunísia e da Líbia. Maroun Elias Lahham, bispo de Tunis, testemunha a extraordinária colaboração do povo tunisino.

a 8 de Março chegaram a Ben Gardane três religiosas católicas que trabalham em colaboração com uma associação de leigos protestantes para oferecer assistência aos milhares de estrangeiros em fuga da Líbia. as irmãs cozinham todos os dias para 10 mil pessoas a comida é oferecida pela população local. O sentido de solidariedade dos tunisinos é maravilhoso, reafirma o bispo de Tunis. além da colaboração da associação protestante, têm a colaboração da Caritas de França, dos Estados Unidos, do Líbano e da Tunísia.

a colaboração manter-se-á até que a fronteira líbia permanecer aberta. a partir das estimativas de 5 de Março, calcula-se que fossem cerca de 10 mil os trabalhadores estrangeiros bloqueados na fronteira líbio-tunisina. a maioria deles é oriunda das Filipinas e do Bangladesh. O bispo de Tunis explica que Itália e França se ofereceram para os repatriar o mais cedo possível. Elias Lahham sublinha que, à parte um ou outro caso isolado, como o grupo de cidadãos do Bangladesh que se lançaram ao mar na tentativa de alcançar as costas de Itália a nado e que se afogaram, estes refugiados não pretendem entrar na Europa, mas regressar aos seus países.