O Guatemala deve tomar medidas para acabar com os homicídios de mulheres, apela a amnistia Internacional. 685 foram mortas em 2010; grande parte dos crimes permanecem impunes
O Guatemala deve tomar medidas para acabar com os homicídios de mulheres, apela a amnistia Internacional. 685 foram mortas em 2010; grande parte dos crimes permanecem impunes a organização em defesa dos direitos humanos exorta as autoridades do Guatemala a agir perante o elevado número de homicídios de mulheres no país da américa Central. Os autores dos crimes devem ser julgados, defende. Em 2010, 685 mulheres foram mortas num contexto generalizado de impunidade. O facto resulta de um conflito armado interno de mais de trinta anos, que favoreceu a ocorrência de milhares de violações dos direitos humanos impunes. as Nações Unidas atribuem-lhe a categoria de genocídio; morreram 200 mil pessoas.
as mulheres do Guatemala morrem porque o Estado é incapaz de as proteger, afirma Sebastian Elgueta, investigador da amnistia Internacional. a falta de vontade política, o historial de impunidade e a incapacidade das autoridades em lidar com o assunto piora o cenário. Os responsáveis sabem perfeitamente que não têm nada a temer, explica. Para o responsável, o governo deve levar a cabo inquéritos eficazes sobre os homicídios, mas também melhorar a formação de polícias. Do total dos homicídios, menos de quatro por cento resultaram na condenação dos presumidos autores. É preciso acabar com esta cultura de violência e de impunidade, respeitar e proteger os direitos humanos fundamentais das mulheres, afirma o responsável.