a Santa Sé condenou o assassinato de Shabbaz Bhatti, o ministro paquistanês para as minorias. Foi mais um atentado à liberdade religiosa
a Santa Sé condenou o assassinato de Shabbaz Bhatti, o ministro paquistanês para as minorias. Foi mais um atentado à liberdade religiosaO assassinato de Shabbaz Bhatti demonstra como têm sido acertadas as sucessivas intervenções do Papa, a propósito da violência contra os cristãos e contra a liberdade religiosa em geral, afirmou o director da Sala de Imprensa da Santa Sé. O padre Federico Lombardi sublinhou a urgência da defesa da liberdade religiosa e reforçou a proximidade do Vaticano com todos os cristãos paquistaneses, adianta a Rádio Vaticano.
O ministro, de 42 anos e o único cristão no Executivo paquistanês, acabara de sair de casa, quando o carro em que seguia, numa zona residencial de Islamabad, foi violentamente baleado por quatro homens que fugiram do local. O ataque não foi ainda reivindicado, mas a polícia encontrou panfletos, supostamente feitos pelo Tehrik-i-Taliban Punjab, um grupo dos taliban paquistaneses com ligação à al-Qaeda, em que é dado um aviso de morte a todos quantos criticam a lei da blasfémia.

Shabbaz Bhatti foi o primeiro a ocupar um cargo político desta relevância, numa nação maioritariamente muçulmana. Grande defensor da convivência pacífica, entre as comunidades religiosas do seu país, ficou célebre por se opor à lei da blasfémia, decreto presente no Código Penal paquistanês, e que prevê a pena de morte para actos que enxovalhem o profeta Maomé.