Poluição e lixo ameaçam crescimento da China, admite ministro do ambiente. Xintang e Gurao, cidades poluí­das do sul, são emblema da indústria têxtil
Poluição e lixo ameaçam crescimento da China, admite ministro do ambiente. Xintang e Gurao, cidades poluí­das do sul, são emblema da indústria têxtil a China enfrenta graves sobrecargas ambientais e de recursos, que ameaçam sufocar o crescimento do país, admite o ministro do meio ambiente, num artigo publicado hoje. Zhou Shengxian adiantou que o seu ministério quer incluir avaliações sobre as emissões de gases estufa nos processos de aprovação de projectos de desenvolvimento, adianta a agência Reuters.

Nos milhares de anos de civilização da China, o conflito entre humanidade e natureza nunca foi tão sério quanto hoje, constata o ministro. O esgotamento e a exaustão dos recursos, e a deterioração do meio ambiente tornaram-se sérios gargalos restringindo o desenvolvimento económico e social, explicou. Também o primeiro-ministro, Wen Jiabao, afirmou, domingo, que a China precisa de um crescimento menos acelerado e mais limpo.
Segundo a edição digital de 28 de Fevereiro (hoje) do jornal Le Monde, duas cidades da província de Guangdong, no sudeste do país, destacam-se pela elevada taxa de poluição e pela presença de cinco metais pesados na água. Trata-se de Xintang, considerada capital das calças Jeans, e Gurao, cuja economia depende da produção de roupa interior, revela um relatório da Greenpeace. a organização, que actua em defesa do ambiente, considera que a poluição das duas cidades é o emblema da indústria têxtil chinesa.