Revolta popular no Egipto paralisou o turismo, sector que emprega um em cada oito cidadãos. Responsáveis do ramo mantêm-se optimistas
Revolta popular no Egipto paralisou o turismo, sector que emprega um em cada oito cidadãos. Responsáveis do ramo mantêm-se optimistasMuitos países aconselharam os seus cidadãos a não viajar para o Egipto, durante os protestos que resultaram na renúncia do presidente, Hosni Mubarak. Locais habitualmente lotados, como as pirâmides de Guizé, ficaram vazios. a ocupação hoteleira em Sharm el Sheikh e Hurghada sofreu uma redução de 75 para 11 por cento, segundo dados da associação Egípcia de Hotéis.

apesar de uma redução drástica do número de turistas, trabalhadores do sector mantém-se optimistas. as pessoas vêm aqui cinco, seis vezes, e voltam. Talvez da próxima vez eles tenham uma sensação boa, uma sensação de liberdade, afirma Mahmoud el Helefy, gerente de um restaurante. Hala el Khatib, secretário-geral da associação de Hotéis, acredita numa recuperação rápida. acho que os turistas consideram a revolução positiva, explica, citado pela agência Reuters.

Esta não é uma situação inédita no Egipto; o turismo já viveu outras situações de crise no passado. O atentado de 11 de Setembro de 2001 contra os Estados Unidos da américa, violência contra turistas ou mesmo ataques de tubarões no Mar Vermelho tiveram reflexos no sector. O turismo rendeu quase 11 bilhões de dólares (mais de oito bilhões de euros), em 2009; um valor que representa mais de 10 por cento do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Um em cada oito egípcios trabalha no ramo.