a associação de Leiria de apoio ao cidadão migrante, aMIGrante, está a receber cada vez mais pedidos de ajuda de retorno voluntário, uma situação a que a crise e o desemprego não é alheio
a associação de Leiria de apoio ao cidadão migrante, aMIGrante, está a receber cada vez mais pedidos de ajuda de retorno voluntário, uma situação a que a crise e o desemprego não é alheio Portugal não é o “El Dorado” neste momento para os imigrantes, afirma o padre Sérgio Henriques à Lusa. Só aumentam estes pedidos de retorno quando a crise se agudiza e se torna mais forte e quando surge, de facto, toda a vaga de desemprego em Portugal, acrescenta o responsável da Pastoral da mobilidade da diocese de Leiria-Fátima. Em 2009, a amigrante abriu nove processos relativos a pedidos de retorno voluntário, correspondentes a 14 pessoas (11 adultos e três crianças). Em 2010 o número de processos quase triplicou para 25, relativos a 37 pessoas, (28 adultos e nove crianças). Os processos do último ano referem-se a cidadãos brasileiros (21), ucranianos (2). Um dos casos envolve um cidadão da Rússia e um outro cidadão da Bielorrússia. Pelo Centro Local de apoio à Integração de Imigrantes passaram 1. 550 pessoas em 2009 e 2. 299 em 2010. Dos 1. 250 imigrantes que recorreram ao gabinete de inserção profissional em 2010, 819 fizeram-no porque procuravam emprego. Mas como não têm subsídio de desemprego, não há possibilidade de uma renovação do título legal para residir em Portugal e, depois, consequentemente, não há possibilidade de irem à procura do emprego, diz Sérgio Henriques. Para muitos o retorno é a solução.