Marcos Coelho foi ordenado diácono recentemente. Recém-chegada da Coreia do Sul, onde decorreu a celebração, a mãe do missionário dá o seu testemunho
Marcos Coelho foi ordenado diácono recentemente. Recém-chegada da Coreia do Sul, onde decorreu a celebração, a mãe do missionário dá o seu testemunhoUma graça de Deus muito grande, exprime a mãe do missionário da Consolatasobre a ordenação diaconal do filho, Marcos Coelho, ocorrida a 11 de Janeiro na Coreia do Sul. Maria de Lurdes de Babo e o maridoregressaram, segunda-feira, 31 de Janeiro, a Paço de Sousa, Portugal,depois de terem estado cerca de um mês no longínquo país asiático. À mãe emocionada faltam-lhe as palavras para descrever os sentimentos que experimentou. É viver um sonho acordada. Nós sentíamo-nos, eu e o meu marido, como duas formiguinhas, explicou à Fátima Missionária. Cerca de cinco mil pessoas assistiramà ordenação de 15 diáconos, entre os quais Marcos, e de 21 sacerdotes. apesar de nunca ter imaginado que o filho pudesse partir em missão para a Coreia, constatou com orgulho que Marcos conseguiu superar o desafio. Sabe viver com as pessoas na Coreia, diz Maria de Lurdes. Os coreanos são pessoas de coração generoso. Sempre à espera da palavra amiga, considera. Uma generosidade que surpreendeu a mulher de 54 anos. aquelas pessoas nunca nos viram de lado nenhum e acolhem-nos como se fossemos família de sangue. Observa: É um povo que sofreu muito, que passou muita fome. E, portanto, um povo que se doa, que consegue doar aquilo que tem, quer monetariamente quer afectivamente. É um povo solidário. Vocação religiosa Marcos está feliz e sente-se realizado. Dava para perceber nele que ele esperava aquilo com muito ansiedade. Vivia aquilo já, explica. Não é à toa que eu vejo o meu filho naquela terra distante, do outro lado do mundo, um homem feliz; seguro daquilo que quer. Sente-se bem com ele próprio ali.como mãe é uma paz, uma tranquilidade porque [a missão] é o trabalho que ele quer. Trabalhar para Deus. É feliz e nós sentimos essa paz, essa tranquilidade, junto com ele. Não há sensação melhor. É um dom de Deus, garante. a vocação religiosa nasceu bem cedo na criança tímida que era Marcos Coelho. ainda não frequentava a escola primária, mas já insistia que, quando fosse grande, queria ser padre para ajudar os outros. Marcos repetia, muitas vezes, que era uma espécie em extinção. Sempre pronto a ajudar e dar-se ao colega do lado, recorda a sua mãe. O percurso de Marcos veio responder a um pedido dirigido ao Senhor, depois de uma gravidez conturbada e um parto muito sofrido. a Deus ofereceu o filho, confessa Maria de Lurdes. Foi uma graça tão grande estar com o meu filho nos braços. Eu não pedi para que fosse padre. apenas disse: Senhor está aqui. É vosso. Eu estou aqui apenas para lhe dar educação. Que seja um homem com um H grande. Um homem de verdade, pediu, nas suas preces.