No calendário meditado para o mês de Fevereiro, a parábola da fome e do faminto levam ao ensinamento que «no fim de tudo, seremos examinados sobre o amor»
No calendário meditado para o mês de Fevereiro, a parábola da fome e do faminto levam ao ensinamento que «no fim de tudo, seremos examinados sobre o amor»Jesus identifica-se com diversas situações pelas quais passam os pobres: Ele é a fome e o faminto. a partir da situação de fome e do exemplo de Cristo Ressuscitado, o padre Ramón Cazallas defende que as obras do cristão concretizam-se agora no serviço, por amor, de todo o tipo de necessitados, nos quais está presente o Senhor ressuscitado. Este será o critério para o juízo final. O missionário da Consolata lembra que esta carência ameaça não só a vida das pessoas, mas também a sua dignidade. a experiência da vida quotidiana, num olhar pelo mundo, leva-nos a verificar que muitos têm fome. É o próprio Deus que nos provoca naquele que tem fome, realça o teólogo. E o cristão é chamado a escutar o apelo do pobre. Trata-se efectivamente dum apelo ao amor, sublinha. O voluntário cristão tem uma responsabilidade maior, de se doar e desenvolver um trabalho sem interesse de retorno material, mas apenas espiritual… ou em troca de algo intangível. Cada um é desafiado a saciar tantos cristos que passam fome: fome de pão, fome de saúde, fome de liberdade, fome de cultura, fome de companhia, fome de inclusão. Ramón Cazallas considera que todos juntos podemos saciar tanta fome que muitos irmãos e irmãs padecem na nossa sociedade. E aponta como exemplo Madre Teresa de Calcutá, a religiosa que dizia que o que fazia era uma gota no oceano deste mundo, mas sem essa gota o oceano não ficaria repleto.