Pedro Strecht defendeu a importância da sinalização precoce, durante o encontro nacional «Prioridade às crianças» que decorreu em Fátima, a 29 de Janeiro
Pedro Strecht defendeu a importância da sinalização precoce, durante o encontro nacional «Prioridade às crianças» que decorreu em Fátima, a 29 de Janeiroantes da entrada para a escola fazemos rastreios aos olhos, aos ouvidos, e devíamos fazer também este tipo de rastreios, afirmou o médico de Psiquiatria da infância e da adolescência, nos trabalhos promovidos pela Cáritas Portuguesa. Estes rastreios são afinal O encontro realiza-se dois anos depois dos bispos portugueses terem lançado uma nota pastoral subordinada a esta temática. O especialista defendeu que é preciso educar as crianças de forma a que consigam interiorizar o não, as regras e a lidar com a frustração. as mudanças da sociedade trouxeram novas realidades que crianças e suas famílias têm de enfrentar. a partir de alguns exemplos que partilhou com a plateia, Pedro Strecht alertou para a pressão a que os miúdos são sujeitos hoje em dia. E estamos a separar o desempenho intelectual da vivência humana. Cada vez mais, só há espaço para crianças-estrela, que se distinguem em algo e os progenitores utilizam expressões como rendimento para se referir ao percurso escolar do filho. E estes, por seu lado apontam para pensamentos em fase terminal, ou seja, nada vale a pena. Há novos riscos no bem-estar que se verificam, com o elevado consumo de drogas em crianças e jovens, as questões da pobreza, as intervenções medicamentosas desadequadas em alguns casos que se reflectem na incapacidade de pensar da criança e de lidar com a frustração. Por outro lado, há uma diminuição do tempo de relacionamento entre pais e filhos, com estes últimos a assumirem um papel de criança-tirano, com baixa tolerância às contrariedades, sendo que no futuro poderão criar personalidades anti-sociais. Para contrariar este diagnóstico, Pedro Strecht deixou uma réstia de esperança. além da intervenção precoce, uma sugestão: No futuro, porque não pensar no Ministério da Infância e da Criança, tal como foi dedicada atenção às questões do género e da igualdade.