O Instituto Missionário da Consolata pertence a Deus desde a sua fundação, o que aconteceu a 29 de Janeiro de 1901
O Instituto Missionário da Consolata pertence a Deus desde a sua fundação, o que aconteceu a 29 de Janeiro de 1901O beato José allamano considerava que a verdadeira fundadora do Instituto era Nossa Senhora. Sobre a fundação dos Missionários daConsolata, já lá vão 110 anos, ele dizia : O Instituto pertence a Deus desde o princípio; é d’Ele, como um campo é do seu proprietário. Foi Nossa Senhora que o fundou e os inícios vêm de Deus. São estas palavras que, mais de um século depois, nos guiam no dia-a-dia. O allamano tem a profunda convicção, fundada numa profunda experiência vivencial, de que Maria é a inspiradora do nosso sermos missionários da Consolata, nossa afectuosíssima mãe que nos ama como a pupila dos seus olhos, escreve o superior da província portuguesa, num texto sobre a Consolata e o allamano. Foi Maria que levou o allamano para sua casa, para o seu santuário e com Ela ele estabeleceu relações como as que intercorrem entre mestre e discípulo, num diálogo profundo de amor, de devoção concreta, de vida, assinala Norberto Louro. Daí considerá-la e propô-la como fundadora, na certeza de que a obra derivou d’Ela através dele que com Ela entrou em sintonia perfeita.como Maria ele escutou, acolheu e guardou a palavra, sublinha o superior. O sonho de fundar o Instituto, que já vinha de 1891, só conheceu a concretização quando o cardeal agostinho Richelmi, seu companheiro de seminário e grande amigo, viria a ser nomeado arcebispo de Turim. Às portas da morte, viria a atribuir a cura inesperada a um milagre de Nossa Senhora da Consolata, servindo-lhe de sinal para que o Instituto fosse fundado, o que aconteceria no ano seguinte. a motivação da fundação assenta no seu indomável espírito apostólico. O seu primeiro biográfo, padre Lourenço Sales, defende que as raízes da fundação se encontram na santidade do padre allamano, como se pode ler na obra Tudo pelo Evangelho. Foi a sua ânsia missionária que impulsionou, com a bênção do arcebispo, a partida dos primeiros quatro missionários, em 1902, para o Quénia. Outros campos de trabalho missionário foram confiados aos missionários e missionárias. Hoje estão presentes em 24 países de África, Ásia, américa e Europa. Norberto Louro destaca a metodologia missionária, de visitas às pessoas nas suas realidades e situações concretas. Deviam ser diárias, realizadas com espírito de hóspedes e não de patrões. Pequenos com os pequenos. Visitas estas que eram preparadas em comum e o resultado partilhado. allamano, que nunca esteve nas missões, mantinha uma intensa correspondência com os missionários em África. Recolhidas de viva voz e de algumas notas que deixou, hoje estão disponíveis, para que se possam conhecer, as várias conferências formativas, que dirigia aos domingos aos jovens que preparava para a missão. Podem ser lidas, num livro que resume a sua espiritualidade missionária: Tudo pelo Evangelho.