«SOS», as letras garrafais a branco, sob fundo preto antecipavam o descontentamento e o protesto dos pais e encarregados de educação do Colégio do Sagrado Coração de Maria
«SOS», as letras garrafais a branco, sob fundo preto antecipavam o descontentamento e o protesto dos pais e encarregados de educação do Colégio do Sagrado Coração de MariaTal como neste colégio, também no Colégio de São Miguel e no Centro de Estudos de Fátima, os portões estiveram fechados a cadeado durante as primeiras horas da manhã e os alunos não entraram no estabelecimento de ensino. Tudo como protesto pela forma como os cortes têm sido efectuados pelo Ministério da Educação, com os colégios com contrato de associação com o Estado. Queremos as nossas escolas, Liberdade de escolha e Queremos um projecto educativo de oito anos eram outros dos cartazes empunhados pelos alunos. Neste protesto, os pais juntaram-se, empunhando palavras de ordem como os filhos e manifestando o seu descontentamento. Diogo Vieira, 14 anos, do Coração de Maria, estava montado num pequeno cavalo de madeira enquanto segurava uma folha com a frase Não temos hipismo, em jeito de resposta à ministra da Educação. Ela disse que estas escolas são ricas que tinham tudo e mais alguma coisa, campos de golfe e hipismo e não temos. Paula Vieira, 41 anos, mãe de dois filhos nos colégios de Fátima, um no Coração de Maria, outra no Colégio de São Miguel. É ela que traz os filhos diariamente à escola, percorrendo 18 quilómetros para tal, de manhã e ao fim do dia. Garante esta mãe que se não fosse satisfatório o estabelecimento de ensino, não faria este esforço. E aconselha a ministra a vir para o terreno ver quem é rico nestas escolas. O protesto continua amanhã 28 de Janeiro.