Tragédias ambientais, como as recentes cheias no Rio de Janeiro, «devem servir de alerta, para consciencializar de que algo está muito errado e precisa de mudar»
Tragédias ambientais, como as recentes cheias no Rio de Janeiro, «devem servir de alerta, para consciencializar de que algo está muito errado e precisa de mudar»É impossível não pensar na arrogância humana diante da fragilidade da vida. Nada parece abalar as nossas rotinas até que, tudo aquilo que parecia tão firme, desaparece de repente. Submetido às forças da natureza, o que é sólido se desfaz em instantes, constata Celso Vicenzi. O planeta nunca foi seguro para nenhuma espécie – lembra – 90 por cento desapareceram, segundo os cientistas.
Desta forma, conclui que o destino de todos os seres vivos é a inevitável extinção e o surgimento de outras espécies. Para o jornalista brasileiro, o ser humano tem acelerado o relógio do tempo, com a sua atitude: Elegeu um modelo de sociedade que destrói rapidamente o próprio habitat. ao interferir de forma tão contundente na natureza, desencadeou reacções cada vez mais frequentes e de incontrolável agressividade. Refere-se às enchentes, secas, entre outros.
O ser humano criou um estilo de vida que se transforma numa espécie de lento suicídio colectivo. Nos últimos 300 anos, aproximadamente, accionou um motor que pode vir a ser o da própria extinção, alerta. Durante milénios, o homem contentou-se com muito pouco. Mas, o surgimento das máquinas, gerou um modelo de sociedade baseado na substituição frenética de bens de consumo. Um modelo que vai muito além das necessidades básicas e que provoca danos ambientais em escala sem precedentes, observa o jornalista, citado pela agência adital.