Organizações sociais que actuam em defesa dos direitos indígenas acusam o governo de Lula da Silva de não ter dado prioridade aos povos autóctones
Organizações sociais que actuam em defesa dos direitos indígenas acusam o governo de Lula da Silva de não ter dado prioridade aos povos autóctonesRoberto antonio Liebgott, vice-presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), que actua em defesa dos direitos dos povos indígenas, constata, segundo a agência adital,que durante o mandato do ex-presidente Lula da Silva houve poucos avanços na defesa dos direitos indígenas, nas áreas da saúde, educação e na demarcação de terras.
alguns movimentos sociais, ao fazerem uma retrospectiva da política indigenista dos oito anos de governo, consideramque existiu um interesse por parte do ex-chefe de Estado em manter um bom discurso, alinhado com os anseios e expectativas dos povos indígenas. Porém, consideram que as práticas quotidianas não passavam de simples retóricas e promessas de que seriam garantidos os seus direitos. Reconhecem algum avanço, mas continua a ser muito pouco.
Os povos indígenas viram as suas expectativas frustradas porque acreditavam que Lula da Silva seria um presidente comprometido com as suas lutas e reivindicações, que as suas terras seriam demarcadas e que se estruturariam políticas de assistência diferenciada e dignaà causa indígena.
anseios esses que não foram atendidos. as demarcações de terras, dever do Estado, não se tornaram prioridade do Presidente e muitos dos procedimentos de demarcação de terras indígenas encontram-se paralisados. Poucas foram as terras regularizadas nos dois mandatos do presidente Lula. apenas 88 terras foram homologadas, segundo o CIMI, sendo que muitas delas já tinham procedimentos iniciados em governos anteriores.