Uma médica a actuar na região fala sobre o problema. Os casais já procuram formas mais seguras de tratamento, além das relações extra-conjugais, tradicionalmente aceites
Uma médica a actuar na região fala sobre o problema. Os casais já procuram formas mais seguras de tratamento, além das relações extra-conjugais, tradicionalmente aceitesEm Maio de 2010, um quarto das mulheres masai que Yadira Roggeveen consultava, de forma ambulatória, afirmavam não poder ter filhos. Um bom número de mulheres que eu aconselhei devido a problemas de esterilidade tinham antecedentes de infecções sexualmente transmissíveis, explica. a tuberculose e as más condições em que ocorrem os partos são outros motivos. O uso do preservativo é também muito reduzido.
a médica, a actuar no hospital de Endulen na Tanzânia, desde 2008, conseguiu aos poucos ganhar a confiança das suas pacientes, mais predispostas a falar do problema. O número de casos detectados aumenta gradualmente, garante. Para a mulher masai, engravidar é uma bênção de Deus: a possibilidade de garantir descendência ao seu marido. Não tendo acesso a dinheiro ou bens, ficam dependentes dos homens para subsistir.
a forma tradicionalmente aceite entre os masai para combater a esterilidade são as relações extraconjugais. Se uma mulher não consegue engravidar, o próprio marido autoriza-a a ter relações com outros homens. E os seus filhos seriam perfilhados pelo mesmo. Mas, as pessoas estão cada vez mais conscientes que esta solução tradicional pode engendrar problemas de saúde, como o HIV, garante e médica. Os casais já procuram soluções mais seguras, nomeadamente no hospital.