Leigos, irmãs e padres da Consolata, que operam nos países da amazónia, reuniram-se em Licto, Equador, no 3º encontro continental de Pastoral indígena
Leigos, irmãs e padres da Consolata, que operam nos países da amazónia, reuniram-se em Licto, Equador, no 3º encontro continental de Pastoral indígenaO Ritual de Limpeza, ao abrir do encontro, que decorreu de 12 a 15 de Janeiro, proporcionou uma energia especial ao grupo de três dezenas participantes, entre missionários, missionários e leigos da Consolata. Realizada pela comunidade indígena Putuhá, de nacionalidade Kichwa, a cerimónia precedeu a apresentação das actividades das diferentes comunidades indígenas, com um olhar sobre os desafios que a missão entre estes povos coloca às equipas missionárias. Entre as preocupações apresentadas, destacam-se a falta de atenção e preocupação dos governos e de algumas Igrejas locais às culturas indígenas; os contínuos ataques aos direitos humanos e direitos indígenas nas áreas da educação, da saúde e da religiosidade e espiritualidade; as difíceis condições geográficas, físicas, económicas e emocionais dos missionários.
O presidente da associação das organizações indígenas do Equador, Delfín Tenessaca, apresentou a situação das organizações que representa, através das suas experiências pessoais. Deu testemunho do que significa ser considerado terrorista pelas autoridades do país, por defender o seu povo e a sua cultura, sem armas, sem guerra, mas com a força de quem acredita. Por sua vez, a missionária Laurita, irmã Inés Zambrano, responsável da Casa Indígena da Diocese de Riobamba, apresentou a grave situação dos indígenas que chegam às cidades, à procura de melhores condições de vida. O bispo auxiliar de Riobamba, Fausto Gaibor, deixou palavras de incentivo e coragem para uma pastoral com tantas necessidades.
O encontro terminou com a Noite Cultural, onde diferentes grupos das comunidades indígenas locais presentearam o grupo com danças tradicionais, muitas cores e muito ritmo. É o mesmo que dizer, muita cultura guardada através dos tempos e que só resiste graças à persistência do povo. as missionárias e missionários saíram do encontro com a certeza de que o próximo passo, e o mais urgente, é descolonizar. Só assim se irá conseguir construir uma pastoral com rosto, pensamento e coração indígena. Tomaram parte no 3º encontro continental de Pastoral 30 missionárias e missionários que trabalham nas regiões amazónicas da Colômbia, Equador, argentina, Bolívia e Venezuela, juntamente com os conselheiros continentais da Consolata: Irmã Renata Conti e o padre antónio Fernandes.