Uma década depois das primeiras migrações, os agentes sócio-pastorais das migrações analisaram os fluxos migratórios e as respostas de acolhimento e integração propostas pela sociedade portuguesa
Uma década depois das primeiras migrações, os agentes sócio-pastorais das migrações analisaram os fluxos migratórios e as respostas de acolhimento e integração propostas pela sociedade portuguesaOs agentes sócio-pastorais das migrações desejam adequar as suas respostas às transformações da mobilidade humana, em Portugal, permanecendo fiéis à atenção prioritária a cada pessoa e à defesa da sua dignidade, sempre mais importante do que questões económicas. Esta é uma das conclusões do XI Encontro de formação de agentes sócio-pastorais das migrações que decorreu em Fátima. a centena de participantes reconhece que as primeiras vagas de imigrantes de países social e culturalmente diferentes de Portugal nem sempre encontrou projectos de acolhimento e integração estáveis e adequados às suas características.
Depois de uma década em que trabalham com os migrantes, os agentes sócios-pastorais sentem-se desafiados a promover a interculturalidade, tanto nos contactos formais como informais, cumprindo o desafio primeiro de todo acolhimento: conhecer o outro sem generalizar conceitos ou preconceitos. Nos últimos dez anos verificou-se, primeiro, a entrada de grande número de imigrantes do Leste, depois da comunidade brasileira, terminando a década com um abrandamento da imigração e aumento da emigração, devido à crise económica que o país atravessa.
Os imigrantes também são vítimas da crise económica e social, estando expostos a situação de maior vulnerabilidade e a tensões sociais nos países de acolhimento pela crescente procura de todos os postos de trabalho, referem os participantes. E por isso, os agentes sócio-pastorais das migrações terão particular atenção aos imigrantes destituídos de direitos, procurando garantir protecção social para todos, sobretudo os que, por causa da perda do emprego, vêem a sua situação de regularidade ameaçada. Leia as conclusões na íntegra.