a Tunísia continua a ser palco de violentos protestos populares. Para resolver a crise, o governo terá de dialogar, pois a sociedade está «abafada», considera um especialista
a Tunísia continua a ser palco de violentos protestos populares. Para resolver a crise, o governo terá de dialogar, pois a sociedade está «abafada», considera um especialistaPara Kader abderrahim, investigador na região do Magreb, a crise na Tunísia resulta da junção de viários factores. apesar dos elogios à performance económica do país e de se ter destacado, no passado, no sector têxtil, muitas empresas estão a emigrar para a Ásia. Os níveis de desemprego são elevados entre os jovens. Há uma geração que não encontra o seu lugar. a Europa não a quer porque está, ela própria, a viver uma crise muito grande.
Em entrevista ao jornal afrik.com, o responsável acrescentou ainda: a sociedade tunisina é abafada pela vigília policial e pela censura. Para resolver a crise, o governo terá de dialogar, nomeadamente sobre as liberdades individuais, defende. a Tunísia já viveu situações semelhantes em anos anteriores. Em 1984, o aumento do custo do pão e dos cereais resultaram em violentas manifestações. Em 2008, operários deram origem a graves motins. Desta vez, trata-se da revolta de jovens sem perspectivas sociais.