Estudo revela que o risco de contrair o HIV, no Brasil, em transfusões de sangue é 20 vezes maior do que nos Estados Unidos, lê-se no diário Estado de São Paulo
Estudo revela que o risco de contrair o HIV, no Brasil, em transfusões de sangue é 20 vezes maior do que nos Estados Unidos, lê-se no diário Estado de São PauloRealizado em três centros brasileiros de tratamento do sangue, entre 2007 e 2008, o estudo calcula que uma em cada 100 mil bolsas de sangue recolhido no país pode estar contaminada pelo vírus causador da Sida. Nos Estados Unidos, a relação é de um para cada dois milhões de bolsas. Embora muito mais elevados do que norte-americanos e de alguns países europeus, os índices brasileiros melhoraram, destaca o diário. a pesquisa de 2006 indicava que uma em cada 60 mil bolsas poderia estar contaminada pelo HIV.
Precisamos de avançar na segurança. Mas não há dúvida de que muito já foi feito, constatou a coordenadora do estudo, Ester Sabino, da Fundação Pró-Sangue de São Paulo. Entre 30 a 60 pessoas podem ser contaminadas, anualmente, por sangue doado. Em 2006, poderiam ser infectadas entre 50 a 100 pessoas. O estudo incidiu sobre a análise de bolsas de sangue recolhidas nos centros de São Paulo, Minas e Pernambuco. Coordenado por Ester Sabino, o trabalho foi financiado pelo Instituto Nacional de Saúde, dos Estados Unidos.
Poderá conseguir-se maior segurança usando o teste NaT, que identifica traços do vírus no sangue e não de anticorpos, como nos exames tradicionais. Ester Sabino calcula que, com a sua adopção, o risco de infecção por HIV passará de um em cada 100 mil para um em cada 250 mil. Espera-se que, até ao início do segundo semestre do corrente ano, o teste NaT esteja a ser usado, pelo menos, em oito plataformas.