Mais de 50 cidadãos estrangeiros, oriundos da África Ocidental, foram detidos pela polícia, quando pretendiam desembarcar em angola, no último fim-de-semana
Mais de 50 cidadãos estrangeiros, oriundos da África Ocidental, foram detidos pela polícia, quando pretendiam desembarcar em angola, no último fim-de-semanaO grupo de clandestinos realizou uma viagem de três dias, que culminou na zona da Barra do Dande, província do Bengo, onde desembarcaram, relatou Paulo de almeida, comissário chefe da Polícia Nacional angolana. Quero dizer que esta é uma acção que já se vem a registar há algum tempo. Das informações que temos esta semana desembarcou um outro grupo, no mesmo local, que infelizmente não foi detectado. O número de estrangeiros que tentam entrar em angola é elevado. Estamos preocupados e continuamos a reafirmar que isto é um problema de segurança nacional, porque estas emigrações ilegais estão a ser feitas de forma organizada e têm os pontos de partida e de contacto bem definidos, referiu o comissário.
Não acredito que só venham para fins comerciais, isto é uma estratégia a médio e longo prazo. Temos que nos acautelar e chamo a atenção da opinião pública nacional e internacional que isto é um plano bem gizado, com fins a médio e longo prazo, porque a quantidade de estrangeiros que entram no nosso país de forma ilegal não visa só fins comerciais. Visa outras motivações com propósitos até políticos, sublinhou Paulo almeida. as autoridades angolanas estão já em contacto com os países de origem, para realizar um trabalho no sentido de neutralizar essas acções a partir dos pontos de partida.
Não obstante a acção da polícia angolana estar a ser contestada pelas organizações humanitárias, o comissário garantiu: Sei que os direitos humanos muitas vezes reclamam porque os angolanos estão a expulsar, estão a tratar mal, mas não podemos entregar flores. Vamos agir. Fontes diplomáticas de Luanda estão em crer que a procura de países africanos para imigrar, como angola, pode ser consequência do apertar da fiscalização na Europa, mas também pelo acréscimo de dificuldade na procura de trabalho no espaço europeu devido à crise. Os imigrantes da África Ocidental encaram a pujante economia angolana como uma alternativa aos bloqueios da Europa. Os países de origem dos detidos pelas autoridades angolanas são a Guiné-Bissau, Mauritânia, Chade, República do Congo, Costa do Marfim, Gabão, Mali, Serra Leoa, República Democrática do Congo e Gâmbia.