O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa admitiu que a contestação aos cortes salariais determinados pelo governo possa passar dos tribunais para a rua
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa admitiu que a contestação aos cortes salariais determinados pelo governo possa passar dos tribunais para a rua Pode, porém, efectivamente acontecer que cheguemos aí, mas eu digo que importa dialogar, afirmou Jorge Ortiga, à Lusa. O prelado considera que só na serenidade é que os problemas encontram a situação mais justa e mais adequada .
Para já, o arcebispo primaz de Braga recusa alarmismos e pessimismos , face à situação. Os sindicatos da Frente Comum entregam hoje as providências cautelares referentes às várias profissões da função pública com vista a suspender os cortes salariais previstos pelo governo.
À Rádio Renascença o arcebispo de Braga havia dito não compreender as excepções às medidas de austeridade, considerando ainda que este modelo de ciclo económico chegou ao fim. É o fim, quer queiram quer não, de um modelo económico, e teremos de descobrir um outro modelo que terá de estar alicerçado na comunhão, na fraternidade e na partilha.
Solidário com os que passam mais privações nesta situação de crise, o presidente da CEP salienta que as providências cautelares são formas justas de luta. Depois de direitos adquiridos as pessoas têm a sua vida organizada, os seus compromissos, há sempre um conjunto de interrogações, mas é fundamental que nos habituemos a um estilo de vida diferente, não alicerçado no mero consumismo, disse.