Olhando para o ano que passou e fazendo o balanço, percorro os mil trabalhos da missão e todos quantos nela vivem e dela fazem parte
Olhando para o ano que passou e fazendo o balanço, percorro os mil trabalhos da missão e todos quantos nela vivem e dela fazem parteDou graças a Deus pelos milagres que acontecem todos os dias. a missão é uma paleta de mil cores: de pessoas, de lugares, de histórias e memórias, de rotinas e de imprevistos, de carências e de generosidade, do quotidiano e do extraordinário, de dúvidas e de fé. Penso nos trabalhadores da missão, braços direitos para o dia a dia. Penso na Olga, no Francisco, no armando, no Domingos e no Jamisse. Penso nos seus trabalhos da casa, do campo, dos animais, dos recados, dos transportes. Penso nos trabalhadores eventuais: na Elina, cozinheira; no Rafael e no Pedro, carpinteiros; na Mariazinha, professora; na Glória e em todos os que nos cercam e que, connosco, todos os dias se cruzam. Penso na Celestina que vem pedir um pão, no Evaristo que, aos 92 anos, ainda se sente jovem e nos acolhe com um sorriso arrebatador. Penso em tudo o que se fez, o que se faz e o que se sonha. Penso que não há ano novo. Há, sim, vida nova que acontece todos os dias e que todos os dias temos a responsabilidade de continuar. a responsabilidade de ser presentes, ajudando na vida e na morte, nas alegrias e nos sofrimentos. Todos somos artífices e participantes desta vida nova a acontecer. Todos nos ajudamos e animamos uns aos outros. Herdámos, recebemos, transmitimos e legámos. O velho faz-se novo e o novo multiplica-se. Nos mil rostos da missão encontro a face de Cristo e é esta a graça que pedimos para 2011: saber continuar a reconhecer o rosto de Jesus que se fez menino e homem em todos os que connosco se cruzam, no anonimato dos dias, nos caminhos da missão. Feliz 2011.