Não há manuais escolares que respeitem o novo acordo ortográfico. associação dos Cegos e amblí­opes de Portugal quer braille no plano de formação dos professores
Não há manuais escolares que respeitem o novo acordo ortográfico. associação dos Cegos e amblí­opes de Portugal quer braille no plano de formação dos professores a denúncia é da associação dos Cegos e amblíopes de Portugal (aCaPO). O novo acordo ortográfico deverá entrar em vigor nas escolas, no próximo ano lectivo, mas até agora não estão a ser produzidos materiais em braille a pensar nos alunos com deficiência visual, revela Rodrigo Santos, citado pela Lusa. Corremos o risco de os alunos portugueses virem a ser ensinados com manuais e outro tipo de ajudas à aprendizagem que ainda estejam de acordo com este acordo, acrescenta o responsável.
a aCaPO considera ainda que o braille deve integrar os planos de estudo da formação de professores para ajudar a que os alunos cegos tenham acesso à leitura e escrita. a educação de uma criança cega privada do braille está comprometida. Seria o mesmo que tentar educar uma criança normovisual sem lhe ensinar a ler ou a escrever, substituindo a leitura e a escrita pela passagem de informações orais, afirma o presidente da associação, Carlos Lopes.
Na educação dos alunos cegos, outro dos problemas é a falta de obras literárias ou científicas transcritas para Braille que é manifestamente reduzida. E quando acontece nunca é feita pelas editoras, mas por entidades que se dedicam a apoiar quem tem dificuldades visuais. O dia mundial do braille assinala-se a 4 de Janeiro para evocar o nascimento de Louis Braille, em 1809.