último balanço do Ministério da Saúde dá conta de 3. 333 mortos e cerca de 150. 000 contagiados pela epidemia da cólera, que alastra desde meados de Outubro
último balanço do Ministério da Saúde dá conta de 3. 333 mortos e cerca de 150. 000 contagiados pela epidemia da cólera, que alastra desde meados de Outubro a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) aponta o dedo a uma estrutura inadequada e a lentidão na intervenção. a avalanche de recursos humanos e económicos teria permitido uma gestão racional da epidemia. a doença espalhou-se num ritmo vertiginoso e pouco se fez para melhorar a higiene.
as pessoas que morreram de cólera no Haiti são mortos inúteis. a doença é regra geral facilmente curável e controlável. Só uma organização falhada pode explicar um número de vítimas tão desproporcionado. O ataque do presidente de MSF, Unni Karunakara, é duríssimo contra a resposta inadequada da comunidade internacional após a explosão da epidemia.
O país tinha todas as condições para uma intervenção correcta: um país pequeno e acessível, uma mobilização massiva até ao ponto de estarem presentes no terreno 12 mil organizações não governamentais. algo de errado aconteceu após o terramoto. Pouco se fez para melhorar as condições de higiene, permitindo que a cólera se difundisse a um ritmo vertiginoso.
O presidente de MSF alude á falta de água com cloro, dez dias depois do surto de cólera, na favela Cité Soleil. Embora sobrecarregados com a assistência a 75 mil pessoas infectadas, os próprios médicos tiveram de distribuir água. actualmente existe apenas um local operativo para a gestão do lixo numa cidade de 3,5 milhões de habitantes. E o presidente acrescenta: No Haiti registaram-se várias lacunas na adopção de medidas já experimentadas e consolidadas.