Passados quatro anos, antónio Guterres volta a visitar a Colômbia e destaca o problema dos refugiados internos. Ouviu testemunhos de quem sofre por se deslocar
Passados quatro anos, antónio Guterres volta a visitar a Colômbia e destaca o problema dos refugiados internos. Ouviu testemunhos de quem sofre por se deslocarNa Colômbia e no país vizinho, Equador, há milhões de cidadãos colombianos deslocados à força. O alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados avaliou a situação com os chefes de Estado de ambos os países. antónio Guterres pediu à comunidade internacional para aliviar o peso do Equador. O impacto dessa crise humanitária é pouco conhecida no resto do mundo e um maior apoio é necessário por parte da comunidade internacional, afirmou.
O responsável mostrou confiança na legislação progressista da Colômbia que visa apoiar deslocados e populações indígenas. Enalteceu ainda os planos do governo que consistem em devolver as terras aos camponeses deslocados, assim como a outras vítimas de violência, nos próximos quatro anos. Esse é um passo muito importante para assegurar que os deslocados possam usufruir amplamente de sua cidadania, disse.
Na capital, Bogotá, antónio Guterres ouviu testemunhos na primeira pessoa. Somos vistos como diferentes porque somos deslocados e por causa da cor da nossa pele, explicou uma afro-colombiana. Precisamos de ajuda; ainda somos seres humanos, lamentou a deslocada interna. Deparou-se ainda com a dura realidade das tribos indígenas do centro do país. Nós não podemos mais movimentar-nos em busca de comida, porque o nosso território está minado. Estamos confinados e rodeados por grupos armados ilegais, contou-lhe um líder indígena. Mais de 30 grupos autóctones estão ameados de extinção na Colômbia.