Simão Pedro lembra um milagre da vida a que assistiu quando trabalhava junto das crianças necessitadas de Mecanhelas. a diferença é comer ou não comer
Simão Pedro lembra um milagre da vida a que assistiu quando trabalhava junto das crianças necessitadas de Mecanhelas. a diferença é comer ou não comerO missionário da Consolata constata maravilhado, com grande alegria, o sucesso da campanha Presentes Solidários. O nível de pobreza e de necessidade das crianças que recorrem ao centro é tão grande que está a atingir o coração de tanta gente, daqueles que têm o coração vivo, ou, na linguagem do livro de Ezequiel, aqueles que têm um coração de carne. Simão Pedro conhece bem o drama das crianças de Mecanhelas, onde trabalhou durante oito anos.
Num sítio onde o leite é um luxo e os medicamentos uma raridade, a sua maleta de medicamentos faz a diferença, lembra. Não uma diferença igual à daquela criança que pode escolher que iogurte comer: Esse é de banana. Não quero!. aqui falamos da diferença entre comer ou não. Recorda: Vi muita pobreza inscrita nos corpos dos pequenos (quantas vezes minúsculos) recém-nascidos. alguns, já com alguma semanas, mantidos à custa de água açucarada.
O antónio foi um menino que o tocou em particular. apesar dos esforços da equipa do centro, o bebé com uma figura esquelética recusava-se a beber leite. Não há maneira ouvia-se entre algum dos presentes. Cansaço, fatiga, tristeza, desespero, angustia, revolta, impotênciaTudo isto em cada coração de carne ali presente, conta o sacerdote.
a pedido da tia, a criança foi baptizada. Fez-se noite, mas não ousávamos desistir um pequeno respiro persistia, qual fé, qual esperança. Passou a meia-noite. E finalmente, à uma da manhã o antónio começou a ingerir as primeiras gotas de leite. O milagre aconteceu, o respiro se intensificou, a vida se refortaleceu e o antónio viveu, relembra.
Naquele dia deitado na cama, senti-me feliz. Não era obviamente a felicidade pelo Ipod que trouxe o Pai Natal, mas a felicidade verdadeira, a felicidade do Natal verdadeiro, o milagre da vida, afirma. Finaliza o seu testemunho com um agradecimento: Muito obrigado a todos do fundo do coração, aliás, muitos Parabéns a todos, por deixar que o Natal aconteça verdadeiramente, no seu coração, na sua vida, na vida das crianças de Mecanhelas, que de outro modo, não teriam Natal.