Os três colégios de Fátima vão participar no protesto contra a alteração do modelo de financiamento do sector
Os três colégios de Fátima vão participar no protesto contra a alteração do modelo de financiamento do sector a partir do dia 2 de Janeiro, a contestação vai ser intensificada. a iniciativa promovida pela associação Portuguesa de Escolas Católicas vai levar as 93 escolas do ensino particular e cooperativo, com contrato de associação, em protesto, à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa. O Centro de Estudos de Fátima já tem data marcada para o protesto, 26 de Janeiro, mas também os outros estabelecimentos de ensino da cidade altar do mundo irão participar, adianta o Região de Leiria. O protesto que se pretende civilizado irá durar 93 dias, tantos quanto o número de colégios existentes no país.
Iremos apresentar as nossas ideias em matéria de Educação e ao mesmo tempo mostrar que as escolas, para além de ensinarem as matérias do currículo, também desenvolvem competências culturais, artísticas, científicas ou técnicas, afirma Virgílio Mota, director Pedagógico do Colégio São Miguel. O director do Centro de Estudos de Fátima, Manuel Bento que acrescenta que mesmo que houvesse escola pública (não há em Fátima), não se pode ter colégios, com 30 anos de história, a cooperar para o bem de Portugal dando um ensino de qualidade e depois, de um momento para o outro, dizer já não precisamos. O director do Colégio Sagrado Coração de Maria salienta que a liberdade de escolha do projecto educativo é muito importante, é um direito que os pais têm.
Na última semana, um outro protesto foi realizado em Leiria com o mesmo objectivo. Mil alunos, professores e encarregados de educação dos colégios de Nossa Senhora de Fátima, Conciliar de Maria Imaculada e Escola de Formação Social de Leiria saíram à rua e exigiram que o governo não faça os cortes de 30 por cento nos apoios. No caderno reivindicativo que entregaram na Câmara de Leiria referem que os cortes previstos colocam em causa o acesso imediato à escola de 55 mil alunos e assinalam ainda que poupam 55 milhões de euros, por ano, ao estado, comparativamente às escolas estatais.