O governo está a «matar pela raiz os chamados direitos sociais», acusa o bispo emérito de Setúbal
O governo está a «matar pela raiz os chamados direitos sociais», acusa o bispo emérito de SetúbalManuel Martins afirmou-se triste e revoltado com as situações de miséria absoluta que existem em Portugal. O prelado falava no Porto, a propósito do convite que lhe foi feito pelo provedor da Misericórdia da Invicta para apoiar a criação de um fundo de emergência social.
À Rádio Renascença, o bispo emérito questionou como é que um governo se considera legítimo quando permitiu que um país chegasse a esta situação, que pela comunicação social parece ser uma miséria absoluta. O prelado compara a situação actual à necessidade de salvar uma pessoa que caiu a um poço mas estamos numa situação em que nem corda temos para lhe atirar, adianta.
Manuel Martins lembra que há muitas instituições que dão comida a quem precisa e lamentou que o país enfrente uma situação económica muito complicada, fruto de meia dúzia de homens que mandam no mundo e muitas vezes desgraçam o mundo. E enumerou projectos como o TGV (linha de alta velocidade) e a nova ponte sobre o Tejo, que mais surgiram por força de imposições, de dependências criadas com o poder económico, do que propriamente de um projecto sério, bem alinhado e pensado.