acompanhantes de doentes no Gurué enfrentam fome, frio, e acabam por ficar doentes enquanto esperam. Projecta-se um Centro de acolhimento para Doentes e acompanhantes para evitar isso
acompanhantes de doentes no Gurué enfrentam fome, frio, e acabam por ficar doentes enquanto esperam. Projecta-se um Centro de acolhimento para Doentes e acompanhantes para evitar issoOs cristãos de Gurué, especialmente através dos Legionários de Maria ao longo das suas visitas, interpelados pela situação dolorosa do hospital rural a que estão sujeitos os acompanhantes dos doentes e aqueles a quem é dado alta sem ter nenhum ponto de referência de hospitalidade no Gurué, sentiram a urgência de construir um centro de acolhimento para doentes e acompanhantes, explica Luís Muhilonge, vigário da Paróquia do Gurúe e assistente eclesiástico da Legião de Maria local. Os doentes percorrem grandes distâncias a pé. Vivem em lugares em que não existe transporte, nem há carros devido à configuração geográfica da região: grandes montanhas e vales em contínua sucessão. E também não têm posses económicas para recorrer a outro meio de transporte que os leve até ao hospital. Normalmente, os doentes chegam acompanhados pelos familiares, fiéis cristãos das comunidades ou pessoas de boa vontade. Nem sempre conseguem regressar no mesmo dia. ao chegar ao Hospital, dependendo da gravidade do assunto, podem ser internados ou, depois do atendimento preliminar, ficar na longa espera da consulta médica e ter que regressar a casa, o que nem sempre é fazível. No hospital não há lugar para acolher os familiares ou acompanhantes dos doentes, nem para guardar os seus pobres haveres, nem lavandaria ou lugar para a higiene corporal, nem cozinha para a confecção dos alimentos que trazem de casa, conta Luís Muhilonge. Os acompanhantes são votados à sua sorte: dormem ao relento ou são acolhidos por familiares ou conterrâneos. Muitos passam fome e acabam por adoecer enquanto o doente que acompanham melhora. Os sem ninguém, que não conseguem hospitalidade, são acolhidos por pessoas de boa vontade e de bem, em muitos casos pelos Legionários de Maria nas suas casas, o que não soluciona a demanda, lamenta o sacerdote. Sensíveis a esta situação e outras razões, projectamos o centro de acolhimento para doentes e acompanhantes. Queremos providenciar um lugar de hospitalidade, assistência alimentar e consequente melhoramento de confecção de alimentos e outras actividades sob responsabilidade e serviços gratuitos e dedicação generosa dos membros da Legião de Maria da paróquia, afirma. Por este motivo é importante apoiar o Projecto Gurué 2011. Para saber mais, consulte a edição de Dezembro da revista impressa.