Em 2007, o Brasil abriu as suas portas a um grupo de 108 refugiados palestinianos. O testemunho de Faez e Salha é um bom exemplo de como é possível recomeçar
Em 2007, o Brasil abriu as suas portas a um grupo de 108 refugiados palestinianos. O testemunho de Faez e Salha é um bom exemplo de como é possível recomeçarEntre Setembro e Novembro desse ano, homens, mulheres e crianças, vítimas da guerra do Iraque e deslocados no campo de refugiados, Ruweished, na Jordânia, iniciavam no Brasil uma nova etapa das suas vidas. apesar das diferenças culturais, muitos conseguiram vencer as dificuldades de integração e até montaram o seu próprio negócio. É o caso de Faez e Salha, casal de origem palestiniana, beneficiário do programa brasileiro. Um testemunho que é divulgado pelo alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
Instalaram-se em Sapucaia do Sul, na região metropolitana de Porto alegre. O primeiro sentimento experimentado foi o medo de passar vários e longos anos numa terra estranha. Por outro lado, impressionou-os a simpatia das pessoas. E hoje, apesar de ainda não dominarem a língua portuguesa, dizem-se felizes. Não fomos nós que escolhemos o Brasil, foi o Brasil que nos escolheu, afirma Faez.como homem viajado, garante: Quem está acostumado a viajar e a conhecer outras culturas não se assusta facilmente com as diferenças. austrália, Tailândia e Hungria são alguns dos países que chegou a visitar em férias.
O casal tem um empreendimento doméstico de produção de doces e outras receitas árabes. Venceram as dificuldades e conquistaram clientes. Hoje, já vendem para a comunidade árabe de Sapucaia. até já têm uma licença para vender os seus produtos numa feira semanal de artesanatos e alimentação na região. apenas resta cumprir um sonho: abrir uma padaria árabe. E para o Brasil ser um paraíso só lhes falta ter os filhos e netos por perto, dizem.