Precárias condições de vida e falta de apoios dificultam o seu percurso. Mulheres migrantes precisam de ter os seus direitos fundamentais protegidos
Precárias condições de vida e falta de apoios dificultam o seu percurso. Mulheres migrantes precisam de ter os seus direitos fundamentais protegidosNo nosso mundo globalizado, a emigração internacional feminina está aumentando de maneira imponente. Estudos recentes mostram que osseus efectivos, em alguns países, passaram os homens. Tal fenómeno pode estar ligado às causas ambientais, económicas, sociais, políticas e religiosas, muitas vezes complicadas. a afirmação é do presidente do Conselho Pontifícioda Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, antonio Vegliò, presente num encontro da Caritas Internationalis, no Senegal.
O arcebispo lembrou as diversas áreas de actuação das mulheres migrantes: trabalho doméstico, cuidar de crianças, actividade agrícola. Muitas vezes são utilizadas no trabalho submisso, privadas de seus direitos humanos fundamentais e às vezes sofrem abusos no campo doméstico, afirmou. a renda anual da prostituição é estimada em cerca de 12 bilhões de dólares, a terceira actividade ilegal mais alta do mundo depois do comércio de armas e droga. Cerca de 4 milhões de mulheres são vendidas a cada ano para a prostituição ou a escravidão, referiu, citado pela agência Fides.
as precárias condições de vida e a falta de apoios submetem-nas a experiências dolorosas. Mesmo se o projecto inicial da mulher migrante, que quase nunca tem o apoio de uma família regular, é construir uma família e ter filhos, isso torna-se muito difícil por causa da precariedade económica, do aborto ao qual cedem com os consequentes traumas psicológicos, vivendo na solidão e na dor. Enfim, não deve ser transcurado, no quadro da emigração feminina, o drama do tráfico de mulheres.
É preciso prestar mais atenção às necessidades das mulheres migrantes. O apoio na maternidade é um deles. Os governos têm de rever as suas políticas de luta contra os abusos no trabalho em particular os sexuais, o acesso aos serviços de saúde, os alojamentos, a cidadania, o reencontro familiar e a assistência às jovens mães.