Há futuro e espaço para a presença dos diáconos portugueses nas comunidades. O seu trabalho complementa o do sacerdote
Há futuro e espaço para a presença dos diáconos portugueses nas comunidades. O seu trabalho complementa o do sacerdote a espiritualidade do diácono deve centrar-se no conhecimento, amor e imitação de Jesus Cristo, afirmou o bispo emérito de Girona, durante os trabalhos do III Simpósio dos diáconos permanentes de Portugal. Carles Perdigó defendeu que, no caso dos diáconos casados, além da tríade: serviço da Palavra, Liturgia e caridade, existe outra tríade: família, profissão e ministério diaconal.
aos 212 diáconos presentes, grande parte dos quais acompanhados das esposas, o prelado assinalou que a esposa ao dar o consentimento (à ordenação do marido), também se abre ao serviço diaconal. O consentimento da esposa não é um simples trâmite burocrático, mas a actualização do sim dado no consentimento matrimonial, agora numa nova etapa de vida e de compromisso, afirmou.
Pelo sacramento da Ordem que recebe (em grau inferior ao presbiterado), o diácono é ordenado para o serviço, em especial da caridade. Participa no ministério de salvação e cumpre-o onde o bispo o enviar, frisou Carles Perdigó lembrando que, também os apóstolos perceberam que precisavam de ajudantes. Os diáconos e os presbíteros são ajudadores do episcopado, assinalou o prelado.
Desde o Vaticano II que a sacramentalidade da ordem do diaconado é reconhecida. Desde há 20 anos que existem diáconos em Portugal, os primeiros foram ordenados na diocese de aveiro. actualmente há ainda três dioceses sem diáconos permanentes, situação que a curto-prazo deverá ser colmatada já que há muitos candidatos em processo de formação. Só na diocese do Porto encontram-se 70 a fazer discernimento e formação para serem ordenados diáconos permanentes.