Nos Jerónimos, Lisboa, José Policarpo lança desafio para enfrentar a crise actual, na homilia da ordenação de seis novos diáconos. ” a urgência da Esperança” é a proposta do cardeal patriarca
Nos Jerónimos, Lisboa, José Policarpo lança desafio para enfrentar a crise actual, na homilia da ordenação de seis novos diáconos. ” a urgência da Esperança” é a proposta do cardeal patriarca a ordenação dos novos diáconos – cinco do Patriarcado e um dos Missionários da Consolata – é o sinal mais visível dentro da Igreja, que fundamenta a nossa esperança. No primeiro Domingo de advento, o patriarca de Lisboa avisa que a nossa sociedade vai entrar num período difícil, que todos conhecemos, que só não será destruidor se for vivido com a grandeza da esperança. a missão da Igreja está empenhada na construção de um mundo novo, uma sociedade mais harmónica e pacífica, mais justa e fraterna.
Os seis jovens diáconos entregam a sua vida ao serviço dos irmãos, com o ardor do amor de Jesus Cristo. Na ordenação diaconal, recebem a graça e a força de servir. E servir sempre, a todos e em todas as circunstâncias, só é possível amando, deixando-se transformar pela caridade de Jesus Cristo. José Policarpo lembra-lhes: Queridos ordinandos, só sereis sinais de esperança e agentes de uma nova evangelização, se desejardes muito viver a vossa vida como um caminho de santidade.
Mas há mais sinais de esperança no momento presente da nossa sociedade. São sinais de esperança todos aqueles e aquelas que desejam mergulhar profundamente no amor, que não fogem do mundo e das suas realidades, o trabalho, a cultura, a acção política, mas procuram vivê-las com a luz de Cristo. a Igreja só será transformadora do mundo, se se transformar continuamente a si mesma, pelos caminhos da santidade. Na situação de austeridade derivada do Orçamento do Estado para 2011, é preciso que todos os cristãos vivam essa situação com o vigor da esperança e ajudem toda a sociedade a fazer da esperança a atitude de fundo na nossa reacção colectiva.
Cabe-nos a tarefa de enfrentar a actual situação.como derrotados, revoltados, ou com a dignidade e a nobreza da esperança? E esta será impossível sem a generosidade do amor e do espírito de serviço. O patriarca avisa que o bem-comum deve prevalecer sempre sobre a busca do bem pessoal de cada um. Em situações de pobreza, cada um esteja atento ao seu próximo, isto é, ao seu vizinho, não hesitando em partilhar. a esperança ajudar-nos-á a fazer desta circunstância um grande momento de solidariedade. Então contribuiremos para salvar, não apenas a economia, mas a verdadeira alma do Povo que queremos ser.