Onde estão os cristãos na Política em Portugal? Na verdade, não se sente a sua presença
Onde estão os cristãos na Política em Portugal? Na verdade, não se sente a sua presença a gestão de um país é feita pelos seus governantes, independentemente da sua crença ou não. Deveriam reger-se pela Constituição do país para governar, cumprindo-a, tal como é exigido aos outros cidadãos. a nossa Constituição pode ter defeitos, e tem, mas se houver bom senso na governabilidade, certamente que é possível fazê-lo com justiça, respeitando os direitos da população. Infelizmente não é o que acontece em Portugal, especialmente nos últimos quinze anos.
acaba de ser aprovado o Orçamento de Estado da República para o ano de 2011. É um orçamento que penaliza quase toda a sociedade, mas especialmente aqueles que menos recursos usufruem, o que é injusto. Um dos sectores onde foram introduzidas alterações foi nos ordenados da função pública, através de um corte de 5% para os vencimentos acima de 1. 500 Euros. antes da aprovação no Parlamento – e à última hora – foi introduzida uma alínea que permite excepções nas remunerações dos trabalhadores do sector empresarial do Estado.
Um diário (Correio da Manhã) já quantificou, serão cerca de 200 mil beneficiados. Confirma o CM que o Ministério das Finanças garantiu que será efectuado um corte, sem excepções, de 5% na despesa com remunerações, quer na Função Pública quer nas empresas públicas . admite-se, porém, que a administração pública e as empresas públicas possam alcançar esse objectivo de forma diferente, pois a estrutura e as componentes que integram a remuneração são diferentes. Ou seja, estes não descontarão. Diremos, ainda bem para eles, mas e os outros?
Vamos recordar o que disse o presidente da Câmara do Porto a este respeito, o pior que se pode fazer neste momento difícil para Portugal é criar portugueses de primeira e portugueses de segunda. Temos de estar unidos também (e principalmente) no sacrifício. Gerar ainda mais revolta nas pessoas é mostrar que não se tem capacidade para lidar com esta situação. O que é ainda mais grave é que a explicação (os funcionários irem para a concorrência) é tão ridícula que tem como efeito procurar fazer dos portugueses parvos . O que acabamos de dizer foi para exemplificar como se governa mal um povo, protegendo os mais fortes e penalizando os mais fracos, isto para além de os dividir, mas há muitos exemplos neste Orçamento de Estado para 2011.
O que se exige aos políticos que governam o nosso país? Seriedade, competência e justiça, são o mínimo a ter em conta. Será que esses valores estão aqui espelhados? Pensamos que não. aqui chegados, temos que formular a pergunta sacramental: Onde estão os cristãos dentro e fora da política para se pronunciarem contra a injustiça dos governantes? afinal, todos os cidadãos têm o direito à indignação disse outrora Mário Soares. É necessário que os cristãos se empenhem na política também, pois é através dela que se podem criar condições, ou não, para que um país ofereça ao seu povo uma vida digna, não é isso que todos nós queremos?