«Foi no meio do sofrimento do povo, que nasceu a minha vocação para ser missionário da Consolata». Palavras do seminarista que se prepara par dar um importante passo na sua caminhada
«Foi no meio do sofrimento do povo, que nasceu a minha vocação para ser missionário da Consolata». Palavras do seminarista que se prepara par dar um importante passo na sua caminhadaJoão Batista amâncio dos Santos, seminarista da Consolata e correspondente da Fátima Missionária, prepara-se para uma data muito especial: o dia da sua ordenação diaconal. a celebração decorrerá a 28 de Novembro pelas 15h30, no Mosteiro dos Jerónimos, e será presidida pelo patriarca, José Policarpo. Os festejos prosseguem no Centro de animação Missionária dos Missionários da Consolata, na região do Cacém, onde João Batista passouo último ano.
O seminarista trabalhou em particular com a população do bairro do Zambujal, na amadora. Localidade tida como problemática mas onde muito aprendeu. Eu vejo Portugal muito inserido com outras culturas: a cabo-verdiana, angolana, moçambicana, misturadas um pouco com a cultura portuguesa, afirmou o seminarista, no dia da sua profissão perpétua, a 17 de Outubro. O bairro do Zambujal ensinou-me isso: o respeito pelo outro, pela sua cultura, pelo diferente, explicou à Fátima Missionária.
João Batista nasceu no nordeste do Brasil, no estado da Paraíba, em 1972. aos 20 anos, viajou para o Rio de Janeiro, onde viveu até entrar para o seminário, em 2001. No Rio, viveu na favela da Mangueira. ali tive uma experiência de vida extraordinária. Pude ver e sentir de perto a alegria dos moradores pela festa, pelo samba e pelos momentos de partilha entre eles, mas, também a tristeza e o medo nos seus olhares por motivo da violência e do descaso do poder público, contou, passado pouco tempo da sua chegada a Portugal.
Foi precisamente no meio do sofrimento do povo, que nasceu a minha vocação para ser missionário da Consolata. Motivado pelos missionários que trabalhavam no local, senti um grande desejo de ser consolação para os outros. Pensei: o mundo vai além da minha aldeia, do meu bairro, do meu país. abraçou então os caminhos da missão e da vida consagrada sacerdotal. Sem medo de ser feliz, deixei para trás, trabalho, faculdade, família e amigos, para me aventurar na comunicação da Boa Notícia e na luta por um mundo melhor.