Resultados e dificuldades no apoio espiritual a doentes domiciliados
“Nenhum laço une tanto os corações como a companhia na dor” palavras de Francisco Crespo na sessão da tarde
Resultados e dificuldades no apoio espiritual a doentes domiciliados
“Nenhum laço une tanto os corações como a companhia na dor” palavras de Francisco Crespo na sessão da tardeRealizou-se hoje mais uma sessão do Encontro da Pastoral da Saúde que decorre em Fátima. Isabel Galriça, da paróquia do Campo Grande, abordou a temática do apoio social, lembrando que é necessário criar relações em todas as circunstâncias da vida, dando o exemplo do núcleo da pastoral da saúde instalado naquela igreja. a enfermeira Carla Paiva, que trabalha no Hospital da Luz, tratou de cuidados paliativos a sua área de acção, lembrando o que são os cuidados no fim da vida. Disse que é necessário avaliar o sofrimento de forma global (no aspecto físico e espiritual).
Lembrando que a fase terminal é apenas uma fase, enumerou todo o caminho a percorrer pelos prestadores de serviços, dando relevo à personalização dos cuidados. O padre Francisco Crespo, pároco no Bairro da Serafina, apresentou um trabalho exaustivo, mas concreto, revelando a acção levada a cabo no Centro Paroquial – criado em 1977 – onde exerce.
Partilhou com os presentes o começo da sua acção no apoio social, revelando que no princípio, quando percorria as ruas da sua paróquia e via o olhar de um vazio dos idosos sentados às suas portas isso o incentivou a avançar com o Centro Social. alertou para o facto de que a sociedade é especialmente dura a tratar a população idosa, dando preferência aos mais novos, para referir depois que a Igreja tem de repensar a temática do idoso, olhando-os como pessoas que são.
Frisou que o acompanhamento espiritual da pessoa idosa é um valor igual a outros. Entrando no âmago do ser humano, foi dizendo que o espírito constitui o essencial do homem, a sua dimensão espiritual engloba todo o sentido da vida. Descrevendo um pouco a situação existente no centro social da paróquia, afirmou que foi evoluindo, sendo agora intergeracional, abarcando novos e idosos, para além de outros com necessidades.
Em relação à espiritualidade do idoso frisou que este é que escolhe o que quer, quando e com quem partilhar acrescentando que entende que se deve dar-lhe as ferramentas para assumir esse desafio, pois dessa forma os milagres acontecem. Já no período de debate foi peremptório a afirmar que no meu centro o doente é sujeito, (pessoa própria) com tudo o que tem de bom e mau. Referindo-se a todo o ser humano, disse que no final da vida todos se querem com Cristo, mesmo aqueles que não o conheciam ou não queriam.