Dar o exemplo, em tempo de crise. é isto que faz o arcebispo primaz de Braga ao pedir aos sacerdotes que prescindam do salário de um mês para apoiar quem mais precisa
Dar o exemplo, em tempo de crise. é isto que faz o arcebispo primaz de Braga ao pedir aos sacerdotes que prescindam do salário de um mês para apoiar quem mais precisaO prelado exemplifica, na mensagem de advento, propostas muito concretas de um estilo de vida mais austero que neste tempo de crise poderia ser adoptado por cada um. Gostaria que este novo modo de viver fosse apanágio dos cristãos, escreve. E aqui pode estar o Natal onde Cristo, a Palavra, se incarna para dar dignidade à vida de todos os homens, acrescenta.
O primeiro pedido é feito aos padres para que ofereçam o correspondente ao que recebem num mês, conforme sugestão do Conselho Presbiteral. a alegria de dar começa, também, por este sinal sacerdotal, afirma. aos cristãos, o arcebispo de Braga apela a que, um dia por semana, efectuem jejum daquelas coisas que não são absolutamente necessárias (um café, menos tabaco, um bolo, uma refeição frugal, prendas de Natal menos caras e mais significativas). Essa verba deverá ser colocada numa caixa colocada para o efeito, e o pároco indicaria no dia da Sagrada Família, 26 de Dezembro, o total recebido, salienta.
Metade desta quantia ficaria para os pobres da paróquia, entregue às Conferências Vicentinas ou outros grupos de acção sócio-caritativa. a outra parte destinar-se-ia à Cáritas que coordenaria e distribuiria a outras Instituições para responder a solicitações de toda a arquidiocese provindas sobretudo de paróquias com menos possibilidades.
O objectivo é criar o Fundo Partilhar com Esperança, que ajudará a experimentar a alegria a quem dá e a sentir maior tranquilidade a quem recebe. Os donativos podem ser entregues nos Serviços Centrais ou NIB: 001 000 004 565 964 000 161. Este fundo não pretende substituir o Fundo de Solidariedade Social criado pela Conferência Episcopal Portuguesa, explica Jorge Ortiga. O primaz dirige ainda uma palavra de solidariedade aos mais necessitados e apela às comunidades cristãs que lhes dêem de comer, não só no Natal de um dia, mas sempre.