«Muitas famílias não conseguem fazer face às despesas, o que torna a crise mais profunda», adianta a Cáritas
«Muitas famílias não conseguem fazer face às despesas, o que torna a crise mais profunda», adianta a CáritasO período negro da crise ainda não chegou, já que a taxa de desemprego vai subir e, este, será de longa duração,afirma a Cáritas Portuguesa. Reunida em Conselho Geral, durante o último fim-de-semana, a organização católica considera que existem situações na sociedade portuguesa exigentes de profunda reflexão. O comunicado final dos trabalhos aponta a escassa penalização dos rendimentos mais elevados, incluindo as pensões de reforma, a diminuição de salários na administração pública, o notório prejuízo das famílias mais numerosas no que respeita ao abono de família, entre outras medidas desfavoráveis para os cidadãos de baixos rendimentos.
Durante os dias de encontro, em que estiveram reunidos representantes das 19 Cáritas diocesanas do país, foi partilhado o trabalho que cada organismo desenvolve no apoio às famílias. Nos últimos tempos houve um acréscimo de 30 por cento dos pedidos feitos por famílias à Cáritas. O combate ao aumento do número de desempregados, situações de fome, ajuda na compra de medicamentos e no pagamento das rendas habitacionais e o apoio a imigrantes, toxicodependentes, alcoólicos e idosos são formas das Cáritas mostrarem o seu serviço à luz da Doutrina Social da Igreja, realça um dos pontos das conclusões.
O Fundo Social Solidário, aprovado na última assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, conta já com 113 mil euros. O objectivo é contribuir para a solução dos problemas sociais do país e cooperar no aprofundamento e actualização da acção social da Igreja. Todos são chamados a colaborar neste fundo, podendo fazê-lo através do NIB 0033 0000 0109 004015012, ou no Multibanco, através da Entidade 22222 e referência 222222222. Também a campanha de Natal da Rádio Renascença reverte para este fundo.