a militante aminetu Haidar vem a Lisboa na próxima semana, para um encontro com militantes da causa do seu povo. Quase um ano depois da sua greve de fome
a militante aminetu Haidar vem a Lisboa na próxima semana, para um encontro com militantes da causa do seu povo. Quase um ano depois da sua greve de fomeaminetu Haidar, a activista dos direitos humanos, chega a Portugal na próxima semana, para um encontro com militantes da causa sariana, quase um ano depois desta mulher ter chamado para si a atenção do mundo ao fazer greve de fome contra o regime marroquino que a impedia de entrar nos territórios ocupados do Sara Ocidental.
a 10 de Novembro, na próxima quarta-feira, pelas 18h30, aminetu Haidar chega à Reitoria da Universidade de Lisboa, para contar um pouco mais da sua história, que – há um ano – ganhou mais um novo capítulo dramático, quando durante 32 dias se temeu pela sua vida.
Os factos aconteceram a 14 de Novembro de 2009, quando o regime de Rabat expulsou a activista do seu país. Haidar tinha-se deslocado a Nova Iorque, onde recebeu o prémio de direitos humanos Robert F. Kennedy. ao regressar ao Sara Ocidental, para el aiun, a cidade onde vive, Marrocos impediu a sua entrada e a mulher de cerca de 44 anos viveu durante 32 dias no aeroporto de Lanzarote, em greve de fome. Um protesto que atraiu a atenção mundial para a causa sariana – e lhe causou danos físicos permanentes.
Como recorda a associação de amizade Portugal-Sahara Ocidental, que anunciou a vinda da activista, nesses momentos mais dramáticos da longa greve de fome, José Saramago – preocupado com o débil estado de saúde de aminetu -, escrevia à consciência mundial: aminetu não tem um problema. Um problema tem seguramente Marrocos. E pode resolvê-lo terá que resolvê-lo. Não se trata apenas de um problema de uma mulher corajosa e frágil, mas sim o de todo um povo que não se rende já que não entende nem a irracionalidade nem a voracidade expansionista, que caracterizavam outros tempos e outros graus de civilização’