Comunidades de diferentes etnias constroem um caminho de paz. Pouco acreditam nos esforços do governo e garantem ter percebido que vivem melhor unidos
Comunidades de diferentes etnias constroem um caminho de paz. Pouco acreditam nos esforços do governo e garantem ter percebido que vivem melhor unidosSó um poço conseguiu aproximar dois grupos étnicos do vale do Rift, no Quénia. a partilha de um bem essencial que é a água obteve mais frutos que todos os esforços do governo e da sociedade civil. Este poço é um ponto de interacção entre as duas comunidades: temos a possibilidade de nos encontrar sempre que vamos buscar água para o nosso lar, disse à IRIN, Ishmael Langat, um dos habitantes da comunidade de Kalenjin. Em 2008, no período pós-eleitoral, violentos confrontos com outras etnias mataram mais de 1300 pessoas e obrigaram meio milhão a deslocar-se.
O poço, agora símbolo de união, já foi testemunho de alguma violência: o sítio onde nasciam os confrontos entre os grupos. Encontramo-nos muitas vezes perto do poço. E agora, é para falar de paz e não para desencadear violência. É este poço que já foi fonte de conflitos e que agora será uma fonte de paz, afirma. Quanto às iniciativas do governo, pouca credibilidade lhes é atribuída. Ficam para trás formações e reuniões nas grandes cidades sem resultados à vista.