“Portugueses não podem contar tanto com o Estado social como têm contado até agora”, afirmou o ex-ministro das Finanças
“Portugueses não podem contar tanto com o Estado social como têm contado até agora”, afirmou o ex-ministro das FinançasSilva Lopes defende que seria prudente que as famílias comecem a pensar que um dia têm de arranjar complementos de reforma ou ter esquema de saúde complementares. Em causa está a falta de recursos para assegurar o estado social, sendo que as famílias vão ter mais riscos no futuro do que esperavam no passado.
O economista admite pelo menos temporariamente, alguns esquemas de poupança obrigatórios, mas sublinhou que essa poupança teria de ser aplicada de forma positiva. Impor às pessoas que paguem mais impostos ou sejam obrigadas a comprar títulos de dívida pública para depois se gastar dinheiro no consumo corrente, é melhor não, declarou, citado pela Lusa.
a justificar a queda brutal da poupança das famílias, do Estado e das empresas, está o fraco crescimento económico. Silva Lopes verifica que a economia não cresce praticamente há dez anos, mas as aspirações de consumo continuaram a crescer.como cresceram mais do que o rendimento das pessoas isto levou a poupança a diminuir.