Membros de etnia Roma e de outras minorias, reenviados da Europa Ocidental para o Kosovo, sofrem discriminações e vivem em condições de grande fragilidade
Membros de etnia Roma e de outras minorias, reenviados da Europa Ocidental para o Kosovo, sofrem discriminações e vivem em condições de grande fragilidadeTêm dificuldades em obter documentos de identificação e em recuperar o que lhes pertence. Enfrentam dificuldades no acesso à saúde, serviços sociais, habitação e na inserção no mercado de trabalho. Há famílias desintegradas, crianças que não frequentam a escola por não dominarem a língua. O cúmulo: muitos são obrigados a deslocar-se dentro do próprio país, revela a organização de defesa dos direitos humanos, Human Rights Watch.
Países europeus reenviam as pessoas mais vulneráveis do Kosovo para situações de discriminação, exclusão, pobreza e deslocamento no interior do seu próprio país de origem, declara Wanda Troszczynska-van Genderen, investigadora da organização para a região dos Balcãs. Se os dirigentes europeus querem realmente ajudá-los terão de suspender os repatriamentos forçados e ajudar os que já foram expulsos, defende.
Cerca de 50 mil pessoas de etnia Roma e de dois grupos, originários do Egipto,foram deportados para o Kosovo, desde 1999. Juntos constituem a minoria mais pobre do país e a que vivemaisà margem,a nível económico, político e social. Nos últimos anos, a guerra, os conflitos étnicos, a pobreza extrema e a instabilidade política obrigou vários milhares a deslocarem-se.