O presidente da assembleia da República defendeu, dia 25 de Outubro, a criação de um dicionário comum aos oito países lusófonos
O presidente da assembleia da República defendeu, dia 25 de Outubro, a criação de um dicionário comum aos oito países lusófonosNão existe um dicionário ou uma gramática em língua portuguesa cientificamente adaptada das comunidades linguísticas da CPLP. Um vocabulário científico e técnico também não existe e são essenciais para a sedimentação de um espaço da comunidade portuguesa, afirmou Jaime Gama. a terceira figura do Estado português considera que é necessário os institutos que promovem a língua que continuam descoordenados sejam organizados.
Temos de passar a investir mais para que o português não nasça de geração espontânea. O português precisa de ter uma projecção mais arrojada, assinalou o presidente da assembleia da República. a língua é o nosso grande património, tem gerado e gera procura, acrescentou.
Jaime Gama defende um maior investimento no português. Por vezes, não se trata de uma questão de dinheiro, mas sim de conseguir uma organização mais adequada dos meios disponíveis. Nos trabalhos que decorrem em Lisboa, sobre Língua portuguesa e culturas lusófonas num universo globalizado, o secretário de Estado das Comunidades, antónio Braga alertou para a necessidade de se formar mais tradutores e professores. a par do reforço da presença na internet.
Em declarações à Lusa, o secretário geral da União Latina, José Luís Dicenta destacou a enorme força cultural e territorial do português. a União Latina viu-se obrigada a apoiar a difusão da língua portuguesa, que não ocupa o posto que merece na comunidade internacional, afirmou. Para este responsável, o português deve ser uma língua de trabalho.