«Deixar passar sob o silêncio raptos de repórteres é matar a informação», alerta uma jornalista. Estes partem para a guerra, mas não para combater
«Deixar passar sob o silêncio raptos de repórteres é matar a informação», alerta uma jornalista. Estes partem para a guerra, mas não para combaterJá passaram 300 dias desde que Hervé Ghesquiére et Stéphane Taponier, repórteres de guerra de uma estação televisiva francesa, foram raptados no afeganistão. Profissionais com experiência na cobertura jornalística de cenários de guerra, como os conflito do Ruanda ou do Cambodge. Os jornalistas não partem para as frentes de batalha para combater. Vão para lá para informar, relatar o que muitas das vezes é mais fácil de ignorar. Deixar passar sob o silêncio raptos de repórteres é matar a informação, lembra Daniele Mastrogiacomo, colega de profissão.
Sequestrar jornalistas é a acção mais fácil e mais falsa que há, considera a jornalista, que também vivenciou a dramática experiência de um sequestro no afeganistão. Momentos de angústia em que o pesadelo da morte está sempre presente, conta, segundoa revistaCourrier Internacional. Os profissionais da comunicação são indefesos. as suas únicas armas são o bloco e a câmara. É por isso que é preciso tentar tudo para os libertar. a negociação é uma obrigação moral. Vidas humanas estão em jogo, portanto não podemos colocar nenhuma objecção perante uma vida a salvar.