Neste Outubro Missionário em que todos os cristãos são chamados a
ser activos na missão, lembramos um exemplo vivo de Inhambane, em
Moçambique
Neste Outubro Missionário em que todos os cristãos são chamados a
ser activos na missão, lembramos um exemplo vivo de Inhambane, em
MoçambiqueEm Inhambane, assim como no resto do país, a Igreja Católica é jovem e ministerial. Os evangelizadores de primeira linha são os catequistas e a sua presença é tanto mais útil quanto a extensão do território, a elevada densidade demográfica e a insuficiência de sacerdotes para acudir a tantas solicitações. São os catequistas que fazem chegar às comunidades a fé e que a alimentam através da catequese e da celebração da Palavra. São indispensáveis na pastoral e, por isso, a sua formação é prioritária. No Centro Catequético do Guiúa, formam-se anualmente uma média de 15 famílias de catequistas, oriundas das várias missões da diocese de Inhambane ou de outras dioceses de Moçambique. São famílias que vivem plenamente integradas, juntamente com os seus filhos, estudando, rezando, catequizando, plantando, vivendo em comunidade. a formação básica divide-se em três pontos fundamentais: família, formação catequética e formação litúrgica. No centro desta formação está a missa quotidiana, assumida, a cada dia, por um grupo de famílias. Em todas, uma característica comum sobressai: são exímios nos cânticos. À medida que se aproxima o final do ano de formação, espontaneamente, as crianças têm vindo a assumir um papel cada vez mais activo nas nossas celebrações, deixando de ser apenas assistentes para serem também actores da liturgia. Na verdade, nestes dias, é com alegria e encantamento que os vemos assumir-se como verdadeiros animadores: orientam o terço; tocam instrumentos típicos; entoam os cânticos a plenos pulmões; fazem as leituras e até executam com toda a graça a dança litúrgica. Dá gosto ver, escutar e participar. Os pais sentem-se orgulhosos e nós também, porque é em ambiente de alegria e plena participação que toda a família está a ser evangelizada para se tornar, por sua vez, evangelizadora. assim, pequenos e grandes revelam-se, cada um à sua medida, verdadeiros cristãos nas suas aldeias, orientadores da comunidade cristã local. São evangelizadores com o testemunho da sua alegria e da sua vida. Cristãos apóstolos, sinal da Igreja, no ambiente onde vivem. Uma Igreja que não exclui ninguém e onde todos têm uma missão evangelizadora e inspiradora.