Dados revelados pela FaO mostram que a região retirou apenas 600 mil pessoas da subnutrição de 2009 para 2010. Regista-se um aumento do endividamento público
Dados revelados pela FaO mostram que a região retirou apenas 600 mil pessoas da subnutrição de 2009 para 2010. Regista-se um aumento do endividamento públicoNas vésperas do Dia Mundial da alimentação, celebrado no próximo dia, 16 de Outubro, a FaO (Organização das Nações Unidas para a agricultura e a alimentação) alerta para uma situação pouco encorajadora para as populações da américa Latina e do Caribe. Num relatório, publicado recentemente, revela que a região foi a única do mundo que não conseguiu uma significativa redução da fome em 2010. Segundoo Panorama da Segurança alimentar e Nutricional na américa Latina e no Caribe, a subnutrição na região aumentou de 47 milhões para 53 milhões, entre 2006 e 2009.
a américa Latina passa por um momento de maior endividamento público, adverte a FaO. Países muito vulneráveis à insegurança alimentar, como o Guatemala, El Salvador, Honduras e Nicarágua, que aumentaram seu endividamento público em 2009, e que agora estão negociando programas de ajuste com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e prevendo reduções no gasto social orçado para o ano 2011, revela o órgão.
Para a FaO, a região latino-americana e caribenha conseguirá reduzir a fome se conseguir fortalecer os vínculos entre crescimento económico e inclusão social. De acordo com o relatório, as políticas públicas para a segurança alimentar têm de se focar em três aspectos: produção de alimentos básicos na agricultura familiar; aumento da competência, eficiência e equidade dos mercados alimentícios, financeiros e do trabalho rural; e aumento da protecção social.