«O número de pobres não vai diminuir nos próximos anos», alerta o coordenador em Portugal do ano europeu do combate à pobreza e à exclusão social
«O número de pobres não vai diminuir nos próximos anos», alerta o coordenador em Portugal do ano europeu do combate à pobreza e à exclusão socialEdmundo Martinho manifesta-se preocupado e defende que será necessário encontrar respostas novas ou tornar as existentes mais eficazes para apoiar os mais carenciados. Temos de esperar que de facto este conjunto de condições, aliado à manutenção previsível dos níveis do desemprego, tornará muito mais difícil, em Portugal e nos outros países da União Europeia, conseguir continuar o processo, que vínhamos desenvolvendo com muito sucesso, de redução significativa das taxas de pobreza em Portugal, disse.
Em entrevista à TSF, o também presidente do Instituto da Segurança Social reconhece que a instituição precisa arranjar respostas para os que perdem o subsídio de desemprego e o rendimento mínimo de inserção, devido às novas regras de acesso a estes benefícios. O responsável mostra-se preocupado com os mais desfavorecidos no meio da pobreza, as crianças e os deficientes.
Tem de haver um olhar particular para as crianças e para as famílias com crianças, especialmente as famílias com baixos rendimentos, considera. as famílias com rendimentos mais baixos vão perder o aumento do abono que tinham antes, o que significa que temos de estar atentos ao impacto que isto pode ter na vida destas famílias, acrescenta.