Tendo como padroeira Santa Bakhita, 50 famílias católicas de Cochane passam a dispor de uma capela, inaugurada a 26 de Setembro, para a celebração dominical
Tendo como padroeira Santa Bakhita, 50 famílias católicas de Cochane passam a dispor de uma capela, inaugurada a 26 de Setembro, para a celebração dominicalaté chegar à inauguração e bênção do novo espaço de oração, há um bonito e longo caminho a percorrer. Consoante o número de cristãos de uma determinada zona e as distâncias que transpõem, eles podem organizar-se autonomamente numa pequena comunidade, que é chamada “núcleo”. Este pode ser permanente: um pequeno grupo de fiéis, organizado dentro da comunidade cristã, que se encontram para rezar ou meditar a Palavra de Deus; ou núcleo de transição para comunidade: ligado à comunidade mãe numa primeira fase, torna-se comunidade autónoma com a sua consolidação. Foi o que aconteceu ao núcleo de Santa Josefina Bakhita de Cochane, na paróquia de Santa Isabel de Guiúa, Inhambane. Há alguns anos, um grupo de cristãos deste lugar, pertencente à comunidade de Guiúa, organizou-se e escolheu uma das formas mais simples de rezar.começou a reunir-se à sombra de um cajueiro para os seus encontros de catequese e de oração. aos domingos rezavam na paróquia mãe. Com o crescimento do número de cristãos e simpatizantes, sentiu a necessidade de construir uma capela que os defendesse do vento, chuva ou calor.com a colaboração e entusiasmo de todos, iniciou-se a construção de uma capela em simbiri, madeira local. Para enorme alegria de todos, a capela foi inaugurada a 26 de Setembro último, tendo por padroeira uma santa africana: a Irmã Josefina Bakhita. Construir uma igreja é motivo de grande festa nas comunidades, um sinal inequívoco do crescimento da comunidade, da sua persistência, tenacidade, capacidade de organização e determinação em crescer juntos na fé em Cristo. a padroeira de Cochane é uma religiosa que nasceu no Sudão, em 1869, e morreu em Itália, em 1947. Esta flor africana conheceu a angústia do rapto e a violência da escravidão, foi libertada por uma família católica no Egipto e levada para Itália. Depois de convertida e baptizada, consagrou-se a Deus tornando-se irmã canossiana. Viveu uma vida santa na oração e na prática da caridade.