Responsável da antena Fé e Justiça Europa-África em Portugal manifesta a sua esperança, numa visão a partir da fé cristã
Responsável da antena Fé e Justiça Europa-África em Portugal manifesta a sua esperança, numa visão a partir da fé cristãVivemos num mundo globalizado, onde tudo parece uma aldeia na hora da curiosidade informativa: gostamos de saber todas as novidades e desgraças que vão acontecendo no mundo. Seguimos a guerra em directo, o drama dos mineiros chilenos hora a hora, as tensões no Médio Oriente, os discursos de Obama, as visitas do Papa, afirmou José augusto Leitão. E no entanto, somos capazes de não conhecer o vizinho do apartamento ao lado e desconhecer o drama da pobreza escondida dos vizinhos com que nos cruzamos todos os dias, salientou no encontro de avaliação da cimeira das Nações Unidas sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. apesar dos muitos argumentos para que cada um se abstraia do outro, a fé em Deus, não pode deixar os cristãos indiferentes ao que se passa no mundo.
Na reunião em que participaram cinco dezenas de pessoas, o verbita defendeu que podem ser feitos pequenos gestos em prol dos que mais precisam. Um deles é o amor. amar os mais desfavorecidos é criar condições de sustentabilidade no desenvolvimento e igualdade de oportunidades, disse. Mas é também amar a terra é promover a ecologia e denunciar as práticas destruidoras do ambiente e da biodiversidade.
O facto das Nações Unidas se terem comprometido com oito metas concretas de desenvolvimento global até 2015 é um sinal de esperança. Há pelo menos a preocupação pela sorte do outro. a indiferença e o egocentrismo foram vencidos pela solidariedade e entreajuda, considera o missionário do Verbo Divino.
São oito os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio: Erradicar a pobreza extrema e a fome, alcançar a educação primária universal, promover a igualdade do género e capacitar as mulheres, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater o HIV/SIDa, a malária e outras doenças, assegurar a sustentabilidade ambiental e desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento. No entanto, até 2015, corre-se o risco de as metas propostas não serem alcançadas. a falta de financiamento e vontade política dificultam o alcance dos Objectivos do Milénio. as verbas angariadas na última cimeira que decorreu em Nova Iorque, de 20 a 22 de Setembro, ficam aquém das necessidades.