O bispo do Porto lembrou uma geração marcante da história de Portugal. Encerrou as Jornadas com grandes elogios à realização de um «reencontro»
O bispo do Porto lembrou uma geração marcante da história de Portugal. Encerrou as Jornadas com grandes elogios à realização de um «reencontro»O confronto República – Igreja deu-se muito à falta de comunicação, tal como a grande maioria dos conflitos, lembrou Manuel Clemente, no último painel das Jornadas de Comunicações Sociais. O meio católico e os meios republicanos não publicavam; a comunicação praticamente não existia, esclareceu o bispo do Porto.
Lembrou que a Geração de 70, ou Geração de Coimbra, como também é conhecida, foi determinante nos tempos que seguiram. O suporte católico da cultura e inteligência portuguesa ficou drasticamente enfraquecido no século XIX, afirmou o prelado. a Geração de 70 deu origem a uma grande revolução cultural com o surgimento de novas ideologias e a introdução do realismo.
Destacou a figura de Gomes Leal, poeta português que se converteu ao catolicismo em 1910, nas vésperas da implantação da República. Uma importante figura da cultura portuguesa, que acabou por cair na pobreza, e passar os últimos tempos da sua vida como um pedinte, vivendo da caridade alheia.
Em jeito de conclusão, Manuel Clemente elogiou a realização do evento que classificou de reencontro. Quero felicitar a organização das Jornadas pela escolha que fez e pelo intervenientes que conseguiu, afirmou. Dois dias de debate, subordinados ao tema geral República – Comunicação – Igreja, que decorreram em Fátima.